- Psicóloga Dra. Paloma Soares
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3 em cada 10 mulheres já sofreram violência doméstica.
Segundo pesquisa realizada pelo Instituto DataSenado, a violência psicológica é a mais recorrente (89%), seguida da moral (77%), física (76%), patrimonial (34%) e sexual (25%).
Cerca de metade das agredidas (52%) sofreram violência praticada pelo marido ou companheiro, e 15%, pelo ex-marido, ex-namorado ou ex-companheiro.
A violência psicológica nos relacionamentos é uma forma insidiosa de abuso que pode ocorrer em qualquer tipo de relacionamento, seja entre casais casados, noivos, namorados, heterossexuais ou homossexuais. Muitas vezes, essa forma de violência passa despercebida porque não deixa marcas físicas visíveis, mas suas cicatrizes emocionais podem ser profundas e duradouras.
Nos relacionamentos abusivos, a violência psicológica pode assumir várias formas, incluindo manipulação emocional, humilhação, controle excessivo, isolamento, ameaças, chantagem emocional e insultos constantes. Essas táticas têm o objetivo de minar a autoestima e a confiança da vítima, deixando-a vulnerável e dependente do agressor.
Independentemente do tipo de relacionamento, é crucial reconhecer os sinais de violência psicológica e buscar ajuda. Muitas vezes, as vítimas podem sentir-se envergonhadas ou culpadas, o que as impede de buscar apoio. No entanto, é fundamental entender que não estão sozinhas e que a ajuda está disponível.
A intervenção de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou terapeuta, desempenha um papel crucial no processo de recuperação das vítimas de violência psicológica. Esses profissionais oferecem um espaço seguro e acolhedor para que a vítima possa compartilhar suas experiências, expressar suas emoções e reconstruir sua autoestima.
Além disso, a terapia pode ajudar a vítima a desenvolver habilidades para estabelecer limites saudáveis, reconhecer padrões de comportamento abusivo e fortalecer seu senso de autonomia e independência. O apoio psicológico também pode ser estendido ao agressor, fornecendo-lhes ferramentas para reconhecer e modificar seu comportamento abusivo.
É importante ressaltar que a violência psicológica não é aceitável em nenhum relacionamento e que ninguém merece ser tratado dessa maneira. Todos merecem amor, respeito e dignidade em seus relacionamentos. Portanto, se você ou alguém que você conhece está enfrentando violência psicológica, não hesite em buscar ajuda. Você não está sozinho e há apoio disponível para você.
Felizmente, a maior parte das vítimas tem conseguido terminar casamentos abusivos. Também é majoritária a parcela de vítimas que estão saindo de namoros violentos e isso se deve, em grande parte, ao aumento da informação e encorajamento para encerrar esse ciclo de violência.
Paloma Soares | Psicóloga e Terapeuta de casal
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